sábado, 13 de outubro de 2012

Paraíba não possui hospitais credenciados para cirurgia bariátrica pelo SUS




A informação é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

 Na última semana, o Ministério da Saúde reduziu de 18 para 16 anos a idade mínima para realização da cirurgia na rede pública, nos casos em que há risco de morte para o paciente. No caso dos pacientes da Paraíba, a decisão não muda muita coisa, pois o estado está na lista dos que não têm hospitais credenciados para fazer a cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A informação é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
De acordo com o Ministério da Saúde, existem 80 unidades habilitadas no país, porém não informou se presentes em todos os estados. Ainda segundo a pasta, para habilitar novos serviços de Assistência de Alta Complexidade ao Portador de Obesidade Grave, o gestor local deve organizar e implantar linha de cuidados ao paciente obeso, procedimento que está sob consulta pública. Os hospitais, inclusive os credenciados, terão um ano para se adaptar aos novos critérios.
Para Irineu Rasera, cirurgião e gestor do Hospital dos Fornecedores de Cana de Açúcar de Piracicaba e membro da SBCBM, o governo deve criar um cadastro único para candidatos à cirurgia bariátrica e também autorizar a videolabaroscopia, que é uma forma menos invasiva de intervenção.
Atualmente, o SUS autoriza três técnicas: a gastroplastia com derivação intestinal; a gastrectomia com ou sem desvio duodenal; e a gastroplastia vertical em banda, que será substituída por apresentar significativo índice de novo ganho de peso pelo paciente. No lugar desse procedimento, está prevista a inclusão da gastroplastia vertical em manga (sleeve).
Quanto aos novos exames autorizados pelo ministério, Rasera acredita que serão vantajosos se “vierem como apenas uma possibilidade, mas se for obrigatório é preocupante”. Ele explica que nem todos os pacientes precisam passar pelos novos, o que pode atrasar a execução da cirurgia.
Rosana Radominski, endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), acredita que a mudança na idade mínima é positiva. “Esta modificação vai fazer toda a diferença para os adolescentes. Se for caso cirúrgico, ele não vai ter esperar dois longos anos pra ter uma redução considerável de peso.”

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