A declaração foi dada pelo prefeito Veneziano ao Blog, recentemente, ao comentar as especulações sobre a disputa ao Governo do Estado em 2014, após ser lançado pelo PMDB para a disputa. Depois que deixar a Prefeitura de Campina Grande em janeiro do próximo ano, Veneziano deverá percorrer o Estado, apresentando seu projeto administrativo.
A preço de hoje, três nomes surgem com potencial para a disputa do Governo em 2014. Mas, nenhum previamente confirmado. O próprio Veneziano, o senador Cássio Cunha Lima e o governador Ricardo Coutinho. Há ainda especulações sobre a possibilidade do PT lançar candidato próprio, a partir da importante base que conquistou em João Pessoa, com a eleição de Luciano Cartaxo.
Cássio se insinuou por diversas vezes, inclusive, na disputa recente em Campina, ao afirmar que uma vitória de Romero Rodrigues facilitaria sua volta ao Governo. Havia uma decisão inclusive dele se apresentar como candidato e ir até a boca de urna. Em caso de não ter registro, apresentaria outro candidato, que poderia ser seu irmão, Ronaldinho.
O problema foram as declarações do ministro Arnaldo Versiani, do Tribunal Superior Eleitoral. Durante um evento em João Pessoa, ele afirmou que, pelo entendimento do TSE, Cássio não poderá ser candidato em 2014, porque estará atingindo pela Lei da Ficha Limpa. Depois disso, as especulações em torno de sua pretensa candidatura compreensivelmente esfriaram.
Veneziano se apresenta ao eleitorado com o detalhe (importante) de ser candidato de oposição. Tudo bem, perdeu a disputa pela Prefeitura, e ficará sem um instrumento de campanha relevante para a disputa. Mas, numa eventual disputa contra Ricardo, é bastante provável que o eleitorado de Campina, como fez em recentes, eleições, vote no candidato da terra majoritariamente. E Campina decidiu as últimas eleições.
Comenta-se, por outro lado, que o peemedebista poderá ter problemas judiciais junto ao TSE, por conta do Caso Maranata, do qual foi absolvido no Tribunal Regional Eleitoral. Bem, as decisões da Justiça muitas vezes são imprevisíveis, e há vários exemplos na praça, mas não tem tido regra da Corte em Brasília decidir contra as deliberações dos TREs.
Ricardo é um candidato em potencial, porque já está no poder e as circunstâncias favorecem à reeleição. Mas, seu desgaste é considerável, tanto que foi massacrado nas urnas de João Pessoa. Enquanto sua candidata Estela Bezerra obteve cerca de 20% dos votos, os seus opositores (que representavam o voto anti-Ricardo) alcançaram os 80% restantes.
Além do mais, não é impossível que o governador enfrente problemas de outra ordem na Assembleia, por exemplo, com matérias que poderão lhe tornar ficha suja. A votação de suas contas, por exemplo. Pode ser que sejam amplamente aprovadas, mas, no atual cenário, ele terá muitas dificuldades para sair incólume desse teste. Há uma considerável rejeição surda na Casa.
Para consolidar um candidato minimamente competitivo, o PT de Luciano Cartaxo precisará emplacar uma gestão muito aprovada pela população, e ter um nome que reúna em torno de si esse cacife. O partido poderá lançar Luciano Agra, mas é uma incógnita. O próprio Agra ainda não definiu seu futuro partidário. Além do mais, 2013 será um ano duro para ele. Ou seja, o PT é uma incógnita.
Helder Moura
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